quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Esquecer.

Eu queria acordar amanhã e ter esquecido de tudo que vivi contigo. Dos teus olhos, do teu cheiro, das tuas piadas que sempre me fizeram e ainda me fazem rir nas piores horas da minha vida; e até daquele teu jeito debochado de ser - que eu odeio - mas que sempre me fez tão bem. Eu queria esquecer que no teu abraço eu sinto uma paz infinita; e que nas melhores coisas que me acontecem eu continuo tendo uma imensa vontade de compartilhar contigo. Como eu queria esquecer, só isso: esquecer e viver em paz. Esquecer e nunca mais pensar em ti, nem te ver, e ter a certeza de que não estou condenada a sentir a dor da tua ausência por mais nenhum segundo sequer - nem hoje, nem amanhã, nem pela eternidade.   

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Tudo indo bem...

Acordo de manhã e ao olhar ao redor enxergo o mundo com outros olhos. Parece-me um mundo melhor, colorido, renovado. Aquele mesmo mundo que há algum tempo me pertencia e eu havia perdido. As coisas estão finalmente indo bem - e eu até já consigo sorrir! Talvez ainda não esteja tudo perfeito precisamente como sonhei; mas algo aqui dentro me diz que tudo está andando no caminho certo e acontecendo exatamente do jeito que deve acontecer.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Sobre ter esperança.


Uma faísca de esperança, um feixe de luz no fim do túnel, um bocado de expectativa e um pouquinho de alegria. Era assim que sentia-se naquele momento ao receber uma notícia tão agradável. Uma coisa boa acontecera em sua vida em meio a tantos desastres, intempéries, chuvas e catástrofes. Estava sentindo que talvez as coisas começassem a mudar. Era hora de secar as lágrimas, retocar a maquiagem, subir no salto e começar tudo outra vez. O mundo havia lhe dado outra chance – e ela jurava, por tudo que mais amava nessa vida, que iria aproveitar ao máximo. Sentia uma lágrima rolando em seu rosto. Depois de tanto tempo, uma lágrima que representava um sentimento bom, uma lágrima que selava o começo de uma nova vida, de uma nova mulher – mais forte, mais madura – que depois de sofrer tanto e quase desistir, estava disposta a reencontrar aquela velha amiga há tempos esquecida: sua tão amada e esperada felicidade!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sobre perder...

Ela se sentia perdendo tudo que um dia teve só pra ela. Tudo estava desaparecendo, sumindo, ficando invisível e imperceptível. Sentia-se perdendo os sorrisos, os amigos, a alegria, a vida. A cada dia parecia que tudo ia se deteriorando e ela não podia fazer nada além de ficar olhando as coisas que mais amava ir embora, com os olhos cheios de lágrimas e o coração sangrando, despedaçado. Pensava dia e noite em alguma forma de mudar isto, de voltar a ser feliz, de recuperar tudo que a trazia alegria  - mas nada lhe vinha a cabeça, nenhuma solução, nenhuma saída. Parecia quase impossível alcançar a felicidade naquele momento tão delicado da sua vida, então esperava que como das outras vezes, fosse só uma fase ruim que passaria logo. Acreditava que tudo ia melhorar, mas lá no fundo tinha muito medo... Medo que desta vez fosse de verdade. Medo que desta vez tudo acabaria mal - e que a sua vida de sonhos encantados e cor-de-rosa, fosse agora, inevitavelmente chegar ao fim.