segunda-feira, 11 de maio de 2009

Estar só.

Eu posso ouvir a voz da solidão que me rodeia e senti-la tão próxima de mim quanto eu mesma. É um frio que entra pela pele e penetra no coração numa fração de segundo, me fazendo repensar sobre muitas coisas da vida. Um ser sozinho não pode ser feliz. Porém, ninguém pode ter alguém a todo tempo ao seu lado. Portanto, precisamos contentar-nos a viver apenas com nós mesmos. A falta que o outro faz certamente um dia foi presença, se não tivesse sido presente, hoje não seria falta. Aprendamos a lidar com o mais obscuro de nossa solidão, que aparece justamente quando mais precisamos de alguém ao nosso lado. Aprendamos a nos auto-completar para o nosso próprio bem. Quem não viver feliz consigo somente, não será feliz rodeado de milhares. É simples: você é a única companhia que realmente tem e sempre terá. Eu, como ser só que sou, sei... Tão difícil lidar com esse sofrimento profundo que é a falta, a espera e a procura de alguém que nunca chega. Se esperarmos pelo outro certamente iremos nos machucar, não tem saída. Nos resta sermos de nós mesmos e apenas "dividir" o que é nosso com os outros. Porque é assim, fatal - quando você precisa ter muitos ao seu lado, será o momento em que na verdade não terá ninguém.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Mãe de menino.

Sempre que pensei na hipótese de ter um filho, me imaginava mãe de um menino! Não que eu sonhasse em ser mãe, (aliás, meus sonhos passavam bem longe disso), mas nunca consegui me ver mãe de uma menina. As meninas são um tanto manhosas, choronas e meigas demais, coisas das quais não sou muito fã! (Não que às vezes eu não seja também, mas não me orgulho nada por isso!). Acho que não teria a capacidade e a paciência de enfeitar uma menina, enchê-la de tranqueiras e dar a ela um mundo perfeito e cor de rosa. Mundo cor de rosa já basta o meu! (E nem sempre é tão rosa assim). Não imagino a minha reação o dia em que ela me pedisse uma sandália da Xuxa ou uma Barbie Princesa. Eu não serviria para criar uma patricinha; sem cogitação! Venho de uma família de apenas três pessoas, filha única, onde por 21 anos, o único homem da casa foi meu pai. Como toda menina, cresci em meio a bonecas, frescuras e brincadeiras de casinha. Apesar de não ter tido muitas amigas durante minha infância, as melhores permanecem até hoje e agradeço a Deus pela existência delas. Mas a verdade mesmo, é que sempre tive mais afinidade com meninos. Os meninos são mais fiéis às amizades femininas, sinceros, práticos e engraçados. Não fazem escândalos por pouca coisa, nem se preocupam demasiadamente com os problemas pequenos. Meninos são sensíveis no ponto certo, nem muito rudes, nem muito frágeis, é só saber lidar com eles e isso eu aprendi muito bem! Talvez por enxergar neles um lado meu e outro totalmente o oposto de mim, me identifico tanto com tais criaturas. Os meninos me ensinaram muitas coisas; coisas importantes, coisas inúteis e algumas que levarei pro resto de minha vida. Eles cuidam de você, te elogiam, são mais francos e te decepcionam com menos freqüência que as mulheres (isso se tratando de amizade, claro!). Se você brigar com um amigo, terá mais probabilidades de fazer às pazes do que se brigar com uma amiga. Eles são mais flexíveis e não disputam com você quem é mais magro ou tem a ‘bunda’ maior! (rs). É ótimo conhecer os homens melhor e com certeza nós mulheres temos o interesse de saber bem mais sobre eles do que sobre nós mesmas. Mas voltando a minha infância... Com o passar do tempo, minhas bonecas pouco a pouco foram dando lugar à maquiagens, roupas da moda, tintas de cabelo, dietas e a vaidade típica feminina e eu me tornei uma mulher de verdade. E os meninos? Cresci no meio deles e ao lado deles vivi momentos maravilhosos de vida cheia de aventuras, talvez os melhores que pude viver. Fiz amizades intensas e eternas com pessoas do sexo oposto e hoje posso dizer que tenho mais amigos que amigas. Quando descobri que seria mãe pela primeira vez, lá no fundo eu sonhei em gerar um homem. Assim, eu poderia dividir com ele o meu lado masculino, meu lado forte, lado que eu tanto amo! Deus me ouviu e deu-me o Ian! Desde então, já espero ansiosa pela grande felicidade, alegria e prazer de viver com meu filho o lado bom de ter um menino e sei que ele será meu eterno companheiro, não apenas outro homem em minha vida e sim o principal, o que me trará as maiores alegrias do mundo! FILHO EU AMO VOCÊ pra todo sempre!