domingo, 23 de janeiro de 2011

Um novo amor.

Mais uma vez, mais um dia, ela acordara disposta a traçar um novo começo para sua vida. Não um "recomeço" mas um "novo começo" literalmente. Estava cansada do desprazer que a vida lhe dera de presente e ela carregava na bolsa, dando uma olhadinha sempre que fosse preciso para se convencer que realmente a pertencia. Estava tanto tempo naquela situação limite que não conseguia mais enxergar uma saída, outro caminho e nem mesmo um esconderijo para se proteger. Ninguém desconfiava, mas ela passava as noites pensando em como era infeliz e em como sentia-se impotente e não-dona de sua vida. Já era tempo de fazer algo, tomar uma atitude, mesmo que precipitada - uma atitude que ela vinha planejando há anos, mas que nunca pusera realmente em prática. Tantos planos, tantos sonhos deixados na gaveta, esperando à hora certa para serem descobertos, vividos, e que agora finalmente pareciam florescer e brotar de dentro dela. Estava com medo, mas ao mesmo tempo feliz, e tinha coragem. Queria viver o amor em sua plenitude, redescobrir o gosto de se apaixonar, sentir saudades e se doar por inteiro. Agora ela estava madura e pronta para viver outro amor. Não mais com o peso da culpa, da frustração ou do arrependimento, mas com todos os sabores e dissabores tão intensos que o amor tinha de novo para lhe oferecer!     

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