sábado, 4 de junho de 2011

Eu e meu travesseiro.

Não é nada. Só uma vontade de chorar até me desmanchar inteira. Enfiar a cabeça no travesseiro e contar a ele todos os meus medos, minhas frustrações, minhas infelicidades. Aquelas que não gosto nem de lembrar, para não sofrer ainda mais. Aquelas, que não falo a ninguém, nem a mim mesma. Meu travesseiro, velho companheiro, acostumado a ouvir minhas queixas e presenciar minhas loucuras, confortando minha cabeça confusa nas horas de angústia. Quantas lágrimas ele secou. Quantas noites passei em claro, sem ninguém, apenas com ele - meu travesseiro, meu amigo. Vontade de enfiar a cabeça nele e desabafar, com a certeza que não vai haver nenhuma resposta insignificante, nem críticas, nem conselhos com soluções inatingíveis. Não é nada, só uma vontade louca de chorar, na esperança de que tudo de ruim dentro de mim talvez se dissolva junto com as lágrimas, e desapareça pra sempre.

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