domingo, 29 de maio de 2011

Mais que adorar...

Vivam bons momentos, momentos agradáveis e reveladores - e estavam na perigosa fase de começar a conhecer o lado “não-tão-bom” um do outro. Eram ainda principiantes naquela relação e a cada dia aprendiam um pouco mais sobre os gostos e desgostos de cada um, tentando errar o mínimo possível, e errando às vezes sem saber. Ela sempre tão carente, sentia que muitas vezes exigia demais dele. Ele com seu jeito aparentemente frio escondia por detrás de sua passividade uma pessoa muito carinhosa. Estavam apaixonados, isso não se podia contestar, mas algumas vezes parecia faltar certo toque de delicadeza em seus gestos e palavras. Ela, com seu irremediável medo de sofrer sentia-se receosa por temor de estragar tudo como das outras vezes, e sem saber o que ele sentia, tentava imaginar e decifrar seus pensamentos. Juntos planejavam o futuro, e sentiam-se felizes quando por breves-eternos momentos podiam esquecer de tudo e fingir que o mundo era só dos dois. A garota, por vezes demasiadamente racional, por outras extremamente sonhadora, oscilava entre o mundo real e o conto de fadas – e se perguntava se aquilo poderia durar mesmo para sempre. O garoto, sempre tão certo de seus sentimentos, afirmava que ficariam “velhinhos” juntos. Nunca, até então, haviam pronunciado as palavras “eu te amo” um ao outro, mas a garota ao lembrar de uma pergunta dele a indagando: “O que é mais que adorar?”, só pôde pensar em uma única resposta: “Para mim, mais do que adorar, é amar”.

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