domingo, 12 de setembro de 2010

Reviver o amor.

Sentada no banco traseiro do carro, esperava ansiosa pela chegada dele. Sem saber se realmente viria, seguia experimentando uma estranha sensação de certeza da sua chegada e medo. Naqueles eternos segundos de espera sentia crescer lá dentro uma fagulha de esperança que se misturava com o terror de ser esquecida para sempre por aquele que tanto amava - quando olhou para a porta da frente do carro e o viu entrando para sentar ali, ao seu lado. A emoção era tanta que não soube ao certo como agir. Então, seguindo seu coração deu nele um abraço apertado com toda força vinda de sua alma e a maior felicidade que já havia sentido pelos últimos seis meses. Ele retribuiu o abraço - e com um sorriso nos lábios e seus olhos castanhos fixos nos dela, se declarou sem precisar pronunciar uma só palavra. Como era grande aquela saudade que eles sentiam; e que agora aos poucos ia sendo aliviada. Aquele era um momento tão esperado pelos dois que esqueceram daqueles que os olhavam ao redor para ver como agiriam ao se reencontrarem. Eram apenas um, se completavam de novo - e de mãos dadas sentiam o amor um do outro passar por dentro deles como em uma corrente elétrica. Não falaram nada, não era preciso. Os corações de ambos reconheceram aquela batida familiar que há algum tempo estava ausente. Eles não enxergavam mais nada a sua volta - era impossível mesmo que quisessem. Naquele instante voltaram a ser um do outro, como se nunca tivessem se deixado. Lado a lado, de braços entrelaçados, e ela com a cabeça deitada no ombro dele, fecharam os olhos como se estivessem sonhando um sonho bom. No silêncio intocável daquele momento único e eterno, não ouviam mais nada além do pulsar de seus corações acelerados. Nunca haviam sentido nada igual antes – era como se a soma do pulsar forte de seus corações apaixonados estivessem se declarando um ao outro, dizendo: “te amo, te amo, te amo...”

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